sábado, 19 de março de 2011

Sempre permanecerão

É só que... Só que... Eu sinto tanta falta. O vazio é tão grande. É tão profundo. Os dias, as noites. Eu sinto tanta falta, não achei que seria assim. É que mudança é uma coisa tão dura, saudade é uma coisa tão terrivel. Ela te consome, ela te deixa fraca, ela acaba com você, mas você nem percebe. Mas quando você vai dar uma volta no passado, quando você lembra, quando as lembranças de dias felizes vem à sua mente, aí você nota como elas te machucam.

Machucam porque eu sei que a felicidade de agora não se compara a felicidade de antes, essas lembranças felizes, as risadas, as músicas... Elas me levam para baixo por eu querer tudo isso de volta, por eu perceber que não tenho mais isso, não todos os dias como eu costumava ter. Uma hora, duas, um dia. O que é comparado à todas as manhãs; à tantas tardes que costumávamos ter? O que é uma sexta-feira comparada à toda a semana, que durante tantos anos, era certeza. Estava ao meu alcance, fácil.

Essa saudade anda de mãos dadas com o medo. Onde um está o outro está. O medo de esquecer e o medo de ser esquecida. O medo é a incerteza, essa sensação de que as coisas não estão apenas nas minhas mãos. O porto seguro que antes eu tinha já não existe mais. Só existe agora esse tão terrível medo que segue desde o primeiro momento em que eu aceitei: As coisas nunca mais serão as mesmas. Esse buraco em meu coração que me faz chorar em frente ao computador, me faz molhar meu travesseiro, me faz derramar lágrimas em fotografias.